terça-feira, 20 de novembro de 2007

gréve, dia VII

aproveito uma pausa no assobiar dos obuses para me despedir de ti. não se ouve uma palavra. não me lembro de piscar os olhos. ninguém se mexe à minha volta. a luz dos foguetes de sinalização lançados pelos feridos que todos decidimos ignorar torna tudo imóvel. nada se mexe. os 3 segundos entre o acidente e o primeiro "fodasse" esticam-se por horas. doem-me os braços. doem-me de estar quieto, à espera do fim. será que já ac

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