quarta-feira, 21 de novembro de 2007

gréve, dia VIII

acordei num sítio que cheira a tabaco molhado. não me lembro de nada desde ontem. ontem? deve ter sido ontem. sei lá. não me interessa. estou deitado de costas na lama e cheira-me a cigarro molhado. sei que estou fora da trincheira, porque sinto o vento nos braços. nas pernas não. não quero olhar para elas. hoje não. amanhã. amanhã levanto a cabeça e olho à volta. amanhã. hoje não. hoje cheira a cinzeiro molhado.